Chegamos ao versículo 12 onde Jesus nos ensina sobre a pratica do perdão. Eu gosto muito da versão da Bíblia que traduz este verso usando a expressão “perdoa as nossas dividas”, ao invés da palavra “ofensa”, pois além de crer que seja uma tradução mais fiel ao original da escritura sagrada, também traduza mais fielmente a realidade do que Cristo queria nos ensinar: o pecado é como uma divida para com Deus. Mas graças a Deus esta divida é paga na cruz do calvário. “... 13 e a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos; 14 e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz; ” Colossenses 2.13,14. Aleluia! É maravilhoso saber que Cristo pegou a “nota promissória” com nossas dividas de pecado, a qual nunca poderíamos pagar, pagou-a com seu próprio sangue, encravou-a na cruz e exclamou: Está consumado! Está paga! As passadas, presentes e futuras, por isso, hoje podemos orar ao Pai pedindo: “perdoa as nossas dividas”. No entanto este ensino tem um outro lado: “... assim como também perdoamos os nossos devedores”. Cristo pagou por nós na cruz uma divida imensurável, por isso, também temos a obrigação de perdoar os nossos ofensores, os nossos “devedores”. O ensino de Jesus em Mateus 18.23-35 ilustra-nos muito bem isso: “... Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos; 24 e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; 25 mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida. 26 Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. 27 O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. 28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. 29 Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. 30 Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. 31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. 32 Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; 33 não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? 34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. 35 Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão”. Esta parábola é um ensino completo sobre a pratica do perdão: o rei (Deus) perdoou-nos uma divida impagável, 10.000 talentos, um talento equivalia cerca de 6.000 denários, para você ter uma idéia, um denario por dia era o que ganhava um servo, faça as contas e veja quando dias ele teria que trabalhar para pagar sua divida com o rei! Assim também, mesmo que tentássemos pagar nossa divida fazendo o bem todos os dias, nunca conseguiríamos pagar nossa divida para com Deus. Na parábola, no entanto, o servo que foi perdoado daquela divida impagável, ao encontrar um conservo que lhe devia míseros 100 denários, não quis perdoá-lo! Este quadro indignante que nos pinta esta parábola é uma realidade que temos diariamente na vida de muitos que buscam o nosso Pai em oração, fomos perdoados de uma divida de pecado que, para nós, seria impagável, porém, não queremos perdoar as “mixarias” que nossos irmãos nos devem! Mas assim como o rei da parábola, Jesus é categórico ao nos afirmar na oração do Pai nosso: “... 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas”. Tão essencial quanto o "pão nosso de cada dia" é o "perdão nosso de cada dia", precisamos arrependidos, confessar diariamente ao Pai os nossos pecados. Pois o coração regenerado não pode conviver com o pecado e confessa-o diariamente, mas também, tem prazer de dia-a-dia liberar o perdão assim como somos perdoados pelo Pai. A Bíblia nos ensina que não existe uma verdadeira vida de oração sem o exercício do perdão. Pois oração é comunhão com Deus, é não podemos ter verdadeira comunhão com Ele se não nos arrependermos de nossos pecados e também não sabemos perdoar os nossos ofensores. Sem receio, afirmo que a prova cabal se somos ou não convertidos regenerados, é quando somos confrontados com o exercício do perdão, principalmente quando precisamos perdoar.
VEJA O VIDEO ABAIXO, E MEDITE NA LETRA DESTA CANÇÃO.
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