quinta-feira, 5 de maio de 2011

PRECISAM-SE DE “PERTURBADORES”. I REIS 18.17

 "...e Acabe ao se encontrar com Elias, disse a ele: ES TU, PERTURBARDOR DE ISRAEL?..."
I REIS 18.17
É comum, em alguns quartos de hotel, aquele aviso pendurado na maçaneta da porta com os dizeres: “NÃO PERTURBE”, são hóspedes que querem desfrutar de sua privacidade sem serem interrompidos, incomodados. Alegoricamente, era este o quadro em que vivia a nação de Israel no tempo do profeta Elias: deitados confortavelmente na cama do pecado, fechados no quarto da idolatria, o povo dormia tranqüilamente o sono de sua rebelião contra Deus, tendo à porta o aviso: “NÃO PERTURBE”. Só que alguém não respeitou este aviso.  “NÃO PERTURBE, ESTAMOS TRANQÜILOS”.  Sem ameaça de guerra pelas nações rivais e sem conflitos internos, talvez desfrutando de uma certa estabilidade política, econômica e social, o povo estivesse, até mesmo, gostando do reinado de Acabe, que era um homem que fazia parte do povo de Deus e que se casou com a estrangeira Jezabel que sempre lhe influenciava para o mau;  No entanto, toda esta aparente “tranqüilidade” política e social, estivesse fazendo o povo se acomodar e não se incomodar com a situação de afastamento de Deus e rebelião contra as Leis Divinas que havia se instalado em Israel, encabeçada por Acabe e Jezabel, levando a nação a um estado de trevas e miséria espiritual, o qual ninguém enxergava devido a aparente “Paz e tranqüilidade” desfrutada pela nação.   ELIAS, O PERTURBADOR. Surgindo praticamente do nada (as únicas informações que temos a seu respeito é que era Tisbita e morador de Gileade-cap. 17.1), Elias aparece, profetiza contra Acabe e anuncia uma grande seca, desfazendo assim, o aparente quadro de “tranqüilidade” que havia em Israel e no reinado de Acabe. Deus, através de Elias, mostra a Acabe que a verdadeira “perturbação” que tirava a Paz de Israel era o estado de idolatria por ele implantado (18.18); Deus através do profeta alerta o povo a sair de sua sonolência, de sua apatia espiritual e decidir a quem realmente desejavam servir.(18.21). Elias foi acusado de “perturbador”, pois através das verdades divinas, despertou, incomodou consciências adormecidas no pecado, mexeu com os princípios e valores corrompidos pela iniqüidade e abalou as estruturas das falsas convicções filosóficas e religiosas alicerçadas no engano. Elias, através do Poder da Palavra de Deus, desmascarou a falsa sensação de tranqüilidade e segurança que o pecado oferecia ao povo.   PRECISAMOS DE “PERTUBADORES”. Será que nos dias de hoje também não estamos precisando de “perturbadores” como Elias? de homens e mulheres que, com a ousadia de Deus, tenham a coragem, como Elias, de confrontar esta geração que dorme tranqüilamente no colo do pecado, o sono da perdição, como Sansão também tranqüilamente dormia no colo de Dalila, desfrutando da enganosa sensação de paz e segurança, sem saber que, ao acordar, será tarde demais para fugir da perdição? Creio que (parafraseando nosso ex-presidente) nunca antes na história da igreja, ela esteve tão acomodada e num estado de irrelevância como nos dias atuais. Reflita comigo: Elias por fazer a vontade de Deus foi chamado de “perturbador”; Jesus veio para cumprir sua missão Redentora e foi chamado de “agitador”, “reacionário”; os apóstolos foram acusados de “transtornar o mundo”; Paulo foi chamado de “uma peste, promotor de confusões”. Só que a igreja de hoje está tão “adestrada”, o evangelho esta tão “domesticado”, que, quase sempre, não incomodamos, não “perturbamos” ninguém.  Alguém pode argumentar: e as igrejas cheias? E os grandes eventos e movimentos evangélicos? Temos uma bancada evangélica em Brasília...somos mais de 30% da população! Bem, a estes eu respondo: as igrejas estão cheias, mas do que estão “cheios” os que enchem nossas igrejas? Fermento também faz volume!  E de nada nos adiantará grandes eventos e movimentos, ditos evangélicos, se no nosso dia a dia preferimos viver os conceitos da novela das oito do que as verdades do sermão do monte; Se temos bancada evangélica em Brasília, aonde estavam estas vozes”santas”, por exemplo, quando do episódio do famigerado “mensalão”, que para vir a tona, precisou de uma voz ímpia para denunciá-lo?  Somos mais de 30% da população? Experimente fazer uma comida com mais de 30% de sal, o que acontecerá? A influência do sal será devastadora! Se somos sal, por que a nossa influência tem sido tão insignificante e “insossa”nesta sociedade?  Respondo porque: Por que é mais cômodo ser açúcar do “politicamente correto” para adoçar ouvidos e ser aceito pelos ímpios, do que ser sal, incomodar e correr o risco de sermos “cuspidos” pelos homens.  Em nosso afã de sermos aceitos pelos homens, a igreja tem sacrificado a Verdade do Evangelho no altar da harmonização; Estamos transformando aquilo que deveria ser Santo e Transformador, em coisa comum e insignificante. Precisamos parar de anunciar um Evangelho que O apresente como mais um conceito, mais uma idéia, mais uma opção religiosa, e apresentá-lo de uma forma que sirva como um colírio, para que o homem possa enxergar a verdadeira face do pecado, se perturbe com ela e o abandone. O genuíno Evangelho, para trazer a verdadeira paz e salvação à alma humana, provoca nela antes um estado de perturbação e desespero por seu estado de pecado.”... ai de mim! Estou perdido!...” declarou em desespero o profeta Isaías ante a Gloriosa presença de Deus (Isaías 6.5). Precisamos, como Elias, apresentar a mensagem de Deus de uma maneira que a alma que a ouça enxergue e sinta o seu real estado de perdição eterna, de maneira tão perturbadora, que ela grite como fez Paulo “... miserável homem que sou! Quem me livrara do corpo desta morte?...” (Rom. 7.27), ou como perguntou a multidão no dia de Pentecostes após ouvir o sermão de Pedro: “... Quando ouviram isto, ficaram aflitos em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos:” Irmãos, o que faremos?' “Atos 2.37. A genuína mensagem Evangélica é aquela que, como fez Elias, sacode o povo para tomar uma radical decisão, um verdadeiro posicionamento: “... Se o Senhor é Deus, segui-o; mas, se baal é deus, segui-o” (I Reis 18.20b). Porque não existe Evangelho de meio termo.  Elias era um homem só, o único profeta do Senhor que havia restado, e Deus o usou para promover uma revolução em Israel; por que? Porque ele não receou “pagar o preço” de ser obediente ao Senhor, e teve a coragem, mesmo sendo acusado de “perturbador”, de confrontar o povo com a verdade de que eram eles e não Deus, que precisavam mudar.   Se quisermos hoje que a mensagem evangélica volte a ser relevante, precisamos decidir se queremos agradar a Deus, mesmo correndo o risco de sermos chamados de “perturbadores”, ou se queremos agradar aos homens; Se queremos confrontar esta geração com uma mensagem que transforma bodes em ovelhas, ou se vamos continuar “açucarando” o Evangelho para ficar ao gosto dos bodes. Precisamos decidir se queremos ser Elias, o “perturbador” usado por Deus; ou se queremos ser Acabe “o pacifico negligente”, capacho da demoníaca Jezabel. Você escolhe.
Se sabemos destas verdades, que tal ir e ser sal da terra?
Que a Graça e o amor de Deus te ajude e abençõe!
André Senhorino.

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