quarta-feira, 10 de julho de 2013

AMÓS 5.21-24


ESTILO DE CULTO X ESPIRITUALIDADE.

O que define uma igreja como  fria ou quente? o que define uma igreja como animada ou apática? o que define uma como igreja fervorosa ou não espiritualmente? 
Tenho percebido que, hoje em dia, a resposta para todas estas preguntas é uma só: o estilo do culto. Ao que me parece o termômetro que se usa ultimamente para definir uma congregação como fria ou quente, animada ou não, espiritual ou não, não é a vida vida dos que fazem parte da igreja, porém, o estilo de culto abraçado pela congregação.
Por exemplo, se o culto tem bons instrumentistas, um belo vocal, muitas palmas, dancinhas, muita agitação, glorias a Deus e aleluias etc... este culto foi "quente", "espiritual" , ou seja, esta é uma igreja "animada", "fervorosa", "espiritual".
Não que eu seja contra estas coisas, pelo contrario, podem haver na liturgia do culto, no entanto, será que estes elementos dever ser o "termômetro" da espiritualidade de uma igreja? A Bíblia diz que não.
No tempo do profeta Amós, apesar da prosperidade material do povo e de seu aparente zelo e fervor espiritual demostrado nos cultos, a realidade era uma nação materialista, idolatra, que cometia crimes e injustiças sociais, afundada na imoralidade e podridão espiritual.
Deus exorta ao povo através do profeta a se arrepender e voltar para o Senhor, a exortação culmina com as declarações do capitulo 5.21-24, onde o Senhor deixa claro que, mais importante que um formato de culto "animado" Ele deseja vidas retas na presença dEle.
A igreja não pode confundir entretenimento com culto, agitação com espiritualidade, o culto é para Deus e não para as pessoas, não podemos julgar o nível de fervor espiritual de uma congregação por sua liturgia.
O livro do profeta Amós nos deixa a lição que só conhecemos, verdadeiramente, o tamanho da espiritualidade de uma igreja em seu dia a dia e não dentro de um templo.
Escutei uma expressão muito interessante dias atras pelo pr Isaltino Gomos Coelho :"adoracionisno", ele escreve em seu artigo "Uma ponderação sobre o adoracionismo de nossas igrejas" o seguinte:"Eis o que digo: penso que o “adoracionismo” ou o “louvorismo” que grassa em nossas igrejas é uma arma diabólica para deixar os crentes enfurnados, fazendo o que gostam, cantando ingenuidades que não definem biblicamente quem é Deus, o que é igreja, qual a missão dos crentes, ao invés de levá-los ao testemunho". Entendeu? a igreja não pode achar que espiritualidade é ficar simplesmente infurnada dentro do templo "caprichando" no estilo do culto e esquecer que precisa viver esta espiritualidade lá fora, onde ela é mais necessária.
Este ensino esta em consonância com o que Jesus disse a mulher Samaritana em João 4.21, 23,24 "Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade".
Somos chamados para adorar a Deus em espirito e em verdade, o que fazemos no templo deve ser uma continuação do que praticamos e vivemos no dia a dia, o "termômetro" de nossa espiritualidade não esta na liturgia, mas em nossa comunhão diária com Deus. Pois se assim não for, ouviremos as mesmas palavra que Deus disse atraves do profeta ao povo de Israel: "afasta de mim o som dos teus instrumentos, porque neles não tenho nenhum prazer".
Pense nisso! e que o Senhor te abençoe!

André Senhorino.




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