segunda-feira, 27 de junho de 2011

ELE NOS RECEBEU COMO FILHOS.


“Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba Pai.” Romanos 8.15.

Esta semana ouvi uma história envolvendo um dos nossos ex-presidentes, que achei muito interessante.
Segundo a noticia que li, este ex-presidente, alguns anos atrás, teve um caso extraconjugal que acabou resultando na gravidez de sua amante. Diante disso, ele achou o mais correto, mesmo sendo o caminho mais difícil, reunir sua mulher e seus filhos, confessar o seu adultério e pedir perdão a sua família. E assim ele o fez. E mais do que isso, mesmo sem fazer nenhum exame de comprovação de paternidade, resolveu assumir o filho de sua amante dando-lhe o mesmo direito que seus outros filhos.
Vinte anos se passaram, nosso ex-presidente já contando quase oitenta anos, foi procurado por seus filhos com a seguinte preocupação: a herança. Sim, pois devido sua idade avançada ele poderia vir a faltar a qualquer momento, e o que preocupava os filhos daquele político era: será que o “meio irmão” era, de fato, filho de seu pai? E se não fosse? Seria justo dividir sua herança com alguém que não tinha nada do seu sangue e cuja mãe, talvez, tenha usado de má fé para com seu pai? Diante destas indagações, talvez mais por uma questão de “desencargo de consciência”, o ex-presidente resolveu fazer o exame de DNA.
O primeiro foi feito, o resultado: negativo para paternidade.
Para que não ficasse nenhuma duvida um segundo exame foi feito, desta vez nos Estados Unidos, e como antes, o resultado foi o mesmo: negativo.
Diante desta realidade, os filhos daquele político perguntaram: e agora pai? O que fará? Continuará mantendo em seu testamento alguém que não tem o seu sangue? Que foi um engodo de uma mulher, talvez, mal intencionada? E como ficará a sua honra e o orgulho como homem?  Diante destas indagações aquele homem, como havia feito anos antes, tomou a decisão que achou mais honrada e disse aos seus filhos: “filhos, eu tenho criado o garoto como meu filho durante quase vinte anos, aprendi a amá-lo como a um de vocês, agora, mesmo sabendo que não é meu filho biológico, ele continuará a ser meu filho do coração, vou manter-lhe seus direitos como filho pelo amor que tenho a ele”.
Esta historia nos ilustra o que Deus fez por nós através de seu filho unigênito: ele nos recebeu, nos adotou como filhos. “... mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai”. Romanos 8.15b. Nós não merecíamos, devido a nossa condição de pecadores nós éramos considerados “inimigos de Deus”.(Romanos 5.8-10), mas mesmo assim, Deus nos amou, deu o seu Filho unigênito para morrer em nosso lugar, para que nEle crendo pudéssemos “ter o poder de sermos feitos filhos de Deus” (João 1.12).
Uma das grandes maravilhas do Cristianismo é que, diferentemente de outras religiões, a nossa relação com o nosso Deus vai muito além da relação Deus-adorador, em Cristo não somos meros adeptos de uma religião, não somos apenas pessoas que adoram um deus frio, indiferente, distante, somos chamados a um relacionamento de Pai e filhos, onde podemos clamar com confiança: Aba, Pai. E, mesmo filhos por adoção, não somos considerados bastardos, mais filhos legítimos com direito a herança: “ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; Se com Ele sofremos, também com Ele seremos glorificados”. Romanos 8.17.Tudo isso fruto, não de nossos méritos, mas de sua infinita Graça, de seu imenso Amor, que pegou a nós, pecadores e dignos apenas do inferno e nos adotou, regenerou e nos recebeu como filhos.
Que a Graça e o Amor infinito do Pai esteja contigo!

André Senhorino.


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