sexta-feira, 10 de junho de 2011
ENTRE O DISCURSO E A AÇÃO – PARTE 2.
“ a religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se corromper com este mundo”.
TIAGO 1.25.
Normam Watty, era um fiel e zeloso pastor do Sul dos Estados Unidos.
Mas apesar de ser um homem de fé, de oração, dedicado a Deus e a sua congregação sentia que não estava tendo frutos em seu trabalho pastoral como deveria ter. Apesar de se esmerar em seus sermões, elaborados com muito estudo e oração, tinha muito pouco resultado em termos vidas transformadas.
E foi envolvido nessas preocupações, dentro de seu automóvel, parado em um sinal, que ele foi surpreendido por uma criança batendo no vidro de seu carro pedindo alguma coisa. Era um garoto que deveria ter uns doze anos, magro, com uma feição abatida, talvez pela fome ou pelo muito sofrimento que já passara. Pastor Normam, apesar do susto inicial diante da face sofrida daquele garoto, resolveu baixar o vidro, mas o surpreendente é que enquanto Normam baixava aquele vidro, ação que durou alguns poucos segundos, mas que para o pastor parece ter durado muito mais, a única coisa que vinha a mente daquele ministro era Tiago 1.27 “ a religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se corromper com este mundo”. E foi com este versículo em mente que finalmente o pastor desce todo o vidro do automóvel e ouve aquela voz infantil, quase em um sussurro, lhe pedindo: “moço, sou órfão, minha mãe e eu não temos nada para comer em casa, o senhor pode nos ajudar?”, Normam, não consegue responder de imediato, por alguns segundos fica como que congelado fitando o rosto sofrido daquele jovem, enquanto os últimos sons daquele clamor, ditos quase em um tom de pedido de socorro, ecoavam em seu interior.
Quando o pastor finalmente reage ao pedido do menino, seu impulso foi perguntar:- onde você mora?
-moro em um curtiço à algumas quadras daqui – responde o garoto.
-entre, vou com você a sua casa – pede o pastor ao garoto.
-não, não é preciso senhor, preciso apenas de algumas moedas, para matar minha fome e a da minha mãe – responde o órfão em um tom aflito.
Normam responde em um tom firme a aquele garoto:- filho, eu sou pastor, durante muitos anos prego a Palavra de Deus. Algumas moedas não irão mudar a sua vida, por isso, quero hoje fazer algo que realmente mude sua história e a de sua mãe.
Assim, mesmo ainda receoso, aquele jovem órfão entra no carro do pastor. Após uma breve parada em um mercado para compra de algumas coisas, eles chegam ao local onde morava o menino.
Era um lugar precário, sujo, maltratado, escuro, úmido, insalubre.
Ao adentrar finalmente a residência do garoto um lugar pequeno, que se tornava ao mesmo tempo espaçoso por causa dos poucos moveis, o pastor encontra uma senhora, ainda jovem, mas que aparentava ter muito mais idade do que realmente tinha devido ao sofrimento.
Normam se apresenta, diz que é um pastor e que esta ali para ajudar e entrega a sacola com as compras, que a jovem viúva ao receber, abre, olha em seu interior, abaixa sua cabeça e começa a chorar compulsivamente.
O pastor mesmo sem entender muito fica ali contemplando aquela cena: a viúva agarrada a bolsas de compras com um braço abraçando seu filho com o outro e chorando copiosamente.
A principio Normam pensa que é devida a emoção de ter algo para comer, porém, depois que a jovem se refaz de seu choro, ela explica ao ministro que toda aquela emoção tinha uma motivo mas profundo.
-pastor, creio que o senhor não se lembra de mim, conheço o senhor, já fiz parte da sua congregação, mas devido a algumas dificuldades me esfriei na fé e abandonei a igreja. Sou viúva desde que meu filho tinha três anos, desde então luto com muita dificuldade para sobreviver, e uma das minhas grandes revoltas era que os irmãos que falam tanto de Deus, que pregam tanto amor, nunca fizeram nada por mim e por meu filho, pelo contrario, alguns que me conhecem até mudam de calçada quando me vêem na rua, e tudo isso estava me fazendo duvidar até mesmo se Deus existe.
-hoje pela manhã – continua contando a viúva - depois de muito tempo resolvi fazer uma oração a Deus, falei: “meu Deus, o Senhor conhece meu coração e sabe que devido as tribulações minha fé esta sendo destruída e até mesmo começo a duvidar de tua existência, mas tem misericórdia, e me de uma resposta, me envie um socorro para que minha fé seja restaurada, pois eu não suporto mais ver meu filho sofrer”. Esta foi minha oração e o senhor a resposta a ela.
Pastor Normam, diante daquelas palavras, não sabe o que falar a jovem, aquele ministro que sempre foi tão eloqüente, emudece, não encontra palavras para responder a aquela viúva.
Aquele dia pastor Normam aprende a lição que revolucionou seu ministério: sermões, por mais bem elaborados, sem a pratica diária dos princípios do Evangelho, não passa e discursos vazios.
A mãe e seu filho retornaram a casa de Deus, refizeram suas vidas, o menino cresceu, se tornou um grande servo de Deus, um grande ganhador de almas, Por que um dia um cristão resolveu sair do discurso e partir para ação, fazendo diferença em vidas através da pratica da palavra de Deus.
Francisco de Assis, afirmou certa vez: “as palavras movimentam o mundo; mas exemplos transformam multidões”.
Irmãos não apenas falemos do evangelho, mas principalmente, vivamos o evangelho, pois é assim que faremos, realmente, diferença neste mundo.
Então, que tal agora, praticarmos a Palavra de Deus?
Que o amor e a graça de Deus estejam contigo!
André Senhorino.
EM NOSSO CLIP DE HOJE, A CANÇÃO DE JOÃO ALEXANDRE NOS LEVA A REFLETIR: COMO CRISTÃOS, ESTAMOS NA AÇÃO OU APENAS NO DISCURSO?
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