3- “... venha o teu Reino, seja feita tua vontade, aqui na terra como nos céus...”. v 10.
O que Jesus quis dizer com “... venha o teu reino...” ?, Muitos crentes quando ouvem a expressão “reinos dos céus”, imaginam, equivocadamente, que ela se refira simplesmente ao local para onde iremos depois que morrermos.
Mas, o que é um reino?
Quando falamos em reino, pensamos em poder, autoridade, domínio, controle, soberania.
Muitos de nós, ao que parece, pensamos, erroneamente, que o Domínio, o poder, a autoridade absoluta de Deus restringe-se ao céu, e que aqui na terra quem “manda e desmanda” é o homem e Deus tem que abaixar a cabeça e aceitar, porém, quando Jesus voltar e for todo mundo para “o reino dos céus” aí, a coisa vai ser diferente! Deus ira reinar absolutamente!
Se este é o teu pensamento, você esta redondamente enganado!
Jesus aqui ora ao Pai e diz: “... seja feita tua vontade, aqui na terra como nos céus...” Deus reina nos céus e TAMBÉM aqui na terra! A sua vontade é ABSOLUTAMENTE atendida nós céus e TAMBÉM aqui na terra! O próprio Jesus declara em Mateus 28.18:”...todo poder foi-me dado NOS CÉUS E NA TERRA..” , por isso, se quero dobrar os meus joelhos para orar sem, sem me dobrar primeiro a esta realidade, estou cometendo o pecado da rebeldia, da insubordinação.
Pois, quando eu dobro meus joelhos e oro pedindo: “... venha o teu reino, seja feita tua vontade aqui na terra como nos céus...” estou reconhecendo e aceitando a soberania, o controle, o domínio, a autoridade, o poder do Reino dos céus em minha vida.
Creio que a razão de muitos crentes não se dedicarem a uma vida de oração é que, embora queiram ir morar com Deus nos céus, não querem se sujeitar à soberania, à vontade do Reino de Deus, aqui na terra.
Quantos de nós, quando vamos tomar uma decisão, consultamos a Deus (quando consultamos!) como ultima opção? Quando enfrentamos problemas, e muitos graves, só buscamos a Deus como ultimo recurso? E diante disso pergunto: o Reino de Deus esta sendo Soberano, tem tido autoridade, domínio, controle em minha vida, aqui na terra?
Imaginem se um embaixador britânico fizesse escolhas e tomasse decisões importantes, até com perigo de comprometer a diplomacia do Reino Unido com outro país, e não consultasse a sua rainha? No mínimo, seria demitido!
E quantos de nós, que nos consideramos cidadãos do Reino dos céus, fazemos escolhas, tomamos decisões, atitudes, muitas com perigo de comprometer o Reino de Deus e, em nenhum momento, dobramos nossos joelhos para consultar ao nosso Pai que esta nos céus para saber qual a sua vontade, quais sãos os propósitos do Reino para aquele determinado assunto?
Cristo nos deixou um exemplo precioso de submissão à soberania do Reino dos céus, quando no getsemani, em agonia orava ao Pai: “... Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Mateus 26.39.
A DIFERENÇA ENTRE O JUSTO E O IMPIO, É QUE O JUSTO, NA TERRA, SE SUBMETE A SOBERANIA DO REINO DOS CÉUS; ENQUANTO O IMPIO, DA TERRA, QUER GOVERNAR TODAS AS COISAS, INCLUSIVE AS QUE ESTÃO NOS CÉUS. (SALMOS 73.9,11).
Creio que muitos crentes para entenderem a realidade do reino de Deus, aqui na terra, precisem passar pela mesma experiência pela qual passou Nabucodonozor: “... E serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer”.
“... Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonozor, levantei ao céu os meus olhos, e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio sempiterno, e o seu reino é de geração em geração.
E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”. Daniel 4.32,34, 35.
Próxima vez que for orar, se pergunte: posso fazer esta declaração: “... venha o teu Reino, seja feita tua vontade aqui na terra como nos céus...” ?
O exercício da oração, longe de ser um mero ato de obrigação religiosa, é uma atitude de adoração e reconhecimento da soberania do Reino dos céus em minha vida, aqui na terra.
“... porque teu é o Reino, o poder e a Glória para sempre. Amém”. v.13b
CONTINUA AMANHÃ...
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